quarta-feira, 24 de outubro de 2012


Tenho andado muito caladinha, pois ando cheia de afazeres: foi a viagem a Itália, é o curso de fotografia, é o meu querido teatro, tem sido uma roda vida de ocupações.

Mas em breve, ponho as notícias em dia, afinal tem ido um tempo maravilhoso, para estar em casa, acompanhada de uma boa chávena de chá, uma boa música, a mantinha, embrenhada na minha escrita, vou ver se faço isso no fim-de-semana.

Até breve

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Assaltada outra vez

Estou a ser vítima de roubo, mas desta vez é em Portugal, duas vezes no mesmo ano é demais...
Temo que desta vez seja bem pior, pois para além da precariedade laboral que tenho, o roubo vai ser repetido e prolongado por um prazo ilimitado.
Não me posso refugiar em ruas mais movimentadas, ou em qualquer esquadra da polícia, nem mesmo em casa, pois estes gatunos encontram-me em qualquer local.
Não posso sequer esconder o dinheiro num cofre-forte, pois mesmo antes de o ter na minha mão já eles o roubaram, inacreditável.
Metade do meu salário vai para impostos, isto sem direito a subsídio de férias, Natal, alimentação, ou até de desemprego, sim porque sou um recibo verde, como tal direitos não temos nenhuns, mas obrigações essas temos muitas como: pagar, pagar, pagar esta má gestão e este gigantesco tacho onde alguns comem tudo e outros limitam-se a lamber os dedos e a rapar os pratos vazios...
 
 

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

RAIVA


Quando nos deparamos com a verdade, a essência profunda e inegável do ser humano, aquela verdade negra, suja e incompreensível, as entranhas revoltam-se, o corpo perde a força, o coração explode de raiva, os olhos ficam rasos de água e a alma morre aos bocados, em cada novo respirar.
Como dizem alguns: cresce-se, amadurece-se, ganha-se experiência. Mas no meu íntimo revela-se a mágoa, a triste e revoltante dor da desilusão.
Quando se ama incontestavelmente alguém que desde sempre se amou, se conheceu, que nos ajudou a construir o que hoje somos, sentimos, pensamos e vivemos, essa dor é demolidora.  
Quando os alicerces da nossa essência são quebrados a vida vai perdendo a magia, a alegria e a crença num futuro puro e feliz.
Com o timbre revoltado, como se de um diabo se tratasse desconhece-se esse som de uma voz sempre conhecida, dá vontade de apagar da memória, as recordações, matando a meninice e a imagem de alguém no nosso coração e do nosso cérebro ainda em vida, ceifando as recordações e o fascínio de uma infância feliz, na tentativa de tornar o presente mais suportável.
Apesar de ser mulher, sinto uma enorme revolta com a atitude de algumas, que nem o facto de supostamente serem mais sensíveis, humanas, ternurentas as inibe de arrancarem das entranhas a sensibilidade, as recordações, a verdade, o amor puro e verdadeiro, em troca da hipocrisia, mentira e cobardia.
A realidade dos adultos é assim mesmo, dura, crua e bem real.