segunda-feira, 2 de abril de 2012




Há pessoas que tocam a suave imagem da perfeição.
Iludem-nos com magia, transportam-nos para o mundo inebriante da irrealidade.
Invadem-nos com música, roubam-nos os sentidos.
Há pessoas que são rebeldes rios, arvores agitadas, planícies verdes apaziguadoras, como um girassol sedento de luz.
Respiram paixão.
São perseguidos pela admiração dos imperfeitos.
Arrebatam-nos com a grandeza do que aparenta ser uma grande alma.
Transcendem-se e elevam-nos.
Inspiram-nos e apaixonam-nos.
Há pessoas que só se encontram uma vez na vida.
Há pessoas cujas razões se desconhecem.
Há pessoas em que pouco se conhece dos amores, das mágoas, das tristezas e até dos sonhos.
Mesmo nessa falta, admirámo-las.
Ultrapassam o plano terrestre e tocam-nos na alma e apaziguam-na.
Pessoas que ultrapassam a estética física e permutam-se na perfeição interior.
Há pessoas que vivem acompanhadas pela solidão.
Vivem do amor à arte, à contemplação.
Há pessoas que admiramos, e queremos roubar da solidão.
Há pessoas grandes, muito grandes que fazem o coração bater, os olhos brilhar, o sangue ganhar velocidade, o sorriso abrir-se, o cérebro imaginar.
Há pessoas singulares e por isso eternas.
Há pessoas que ainda não sabem que são insubstituíveis.