segunda-feira, 23 de abril de 2012

QUE NERVOS

Que raio, até parece perseguição, ando numa fase de escrita tenebrosa, para baixo, com pensamentos e atos negativos como o caneco.
Mas que posso eu fazer, parece uma daquelas alturas chatas que tudo de mau acontece e que não há volta a dar, apesar de saber que tudo são fases e blá blá blá, ando chateada, com esta malta de merda que vou conhecendo, e isso mete-me cá uns nervos.
Cada vez se conhece mais gente que quer subir à custa dos outros e não olha a meios para atingir os fins, felizmente não tenho conhecido muita gente dessa, mas ainda me tenho travado com alguma. Gente manipuladora, que vem sempre com um ar de cordeiro mal morto, dócil, de quem não faz mal a uma formiguinha e depois mata os leões todos em plena selva, greeee. Vozinhas baixinhas, sorrisinhos para aqui, sorrisinhos para ali, queridinhas qual Santinhas do pau oco, sim digo Santinhas, porque a maioria desta gente rasca è proveniente do sexo feminino, poucos homens se dão ao trabalho de serem falsos no trabalho, mostram logo o jogo e pronto não estão cá com coisas.
Ando com um pó ao pessoal amiguinho, que pelas costas dá machadadas para arrumar de vez com a raça, sem coragem para dizer preto no branco o que se passa, seja bom ou mau, muito pelo contrário pela frente fazem um ar sonso, acompanhado de um sorriso amarelo, olhar de quem detesta, mas que pela vozinha “estupida” é só açúcar, quase sempre com um ar de coitadinhas. Gentinha sem sal, sem pimenta, sem sangue nas veias, e sem vergonha na cara.
Quando julguei que ia iniciar uma semana de trabalho calminha, eis que me aparece a cobrinha vestida com aquela pele nojenta, pegajosa, terrivelmente escorregadia e gélida, tenho cá para mim que há sempre um dia em que as cobrinhas engolem o próprio veneno e se engasgam com ele e a pele fica seca como um figo.     
Que nervos pá, uns nervos contra mim, revoltada porque me sinto usada, numa das características melhores que tenho que é a confiança. Não sou de meios-termos, comigo o copo ou está cheio, ou está vazio, ou dou tudo, ou não dou nada, se há coisa que não sou é hipócrita, desse mal não padeço eu, e por vezes prejudico-me e bem, porque as pessoas gostam das pessoazinhas sem sal, que pela frente mostram os dentes e por traz mostram as garras, nunca fui assim e por isso me penalizo. Quando dou, dou tudo, toda a minha confiança, sempre assim fui, defendo até às entranhas, sou de feelings e esses às vezes atraiçoam-me como já devia ter aprendido e teimo em acreditar neles, depois pela 1000000 vez fico revoltada, exatamente como estou agora, mas sou menina para continuar a acreditar, confiar e a cair em mais desilusões.
Uma coisa é certinha, com estas e com outras vou deixando de dar, dar e dar, vou-me protegendo, protegendo, protegendo, com a certeza que me chateio bem menos.
Por mais voltas que dê ao cérebro não consigo entender o porquê da felicidade de uns ser o poço de invejas de outros.
Apesar deste desabafo, continuo com uns nervos daqueles que me fazem serrar os lábios, arregalar os olhos, apertar as mãos, sentir um nó na garganta apertadinho, dizer asneiras isto das poucas vezes que abro a boca, até acho que já sinto o cabelo arrepiado, os pés ganham energia para fazer 3 maratonas seguidinhas.
Pedras? Guardo-as todas um dia vou construir um castelo, com laguinhos cheios de sapos, cobras, cortes de gado, com direito a estrume, todos os tipos de venenos e perfumes.