terça-feira, 26 de junho de 2012

5 Dias em Barcelona – 5.º Dia

O último dia passado em Barcelona iniciou-se com uma passagem pela “la boqueria” para bebermos um sumo fresquinho logo pela manhã, passeamos pelas Ramblas e vimos a preparação das estátuas humanas para o dia. Seguimos para o “Mirador de Colon”, onde tiramos imensas fotos com os Leões que por lá andam.



Passeamos pela Barceloneta, em jeito de despedida da cidade. Por lá encontramos um senhor idoso, sedento de atenção que nos questionou sobre a nossa nacionalidade, e falou da sua cidade, senti que apesar de amar Barcelona, era alguém sozinho no meio de uma multidão de gente, disse-nos algumas curiosidades que só mesmo uma pessoa que viveu toda a vida no mesmo pedaço de terra poderá saber.






Ao final da tarde passamos pela Praça da Catalunha para nos sentarmos pela última vez a observar as pombas, regressamos ao Hostel para levantar as malas e apanharmos o autocarro para o aeroporto.
 A correr entramos no aeroporto e também a correr entramos no avião, xi que susto, por pouco pensei que ia ter de ficar em Barcelona, mas tudo correu pelo melhor, despedi-me da cidade, com a certeza absoluta que lá voltarei, espero que muitas vezes.
Mais uma cidade deste mundo que ficou num cantinho muito especial do meu coração, como os grandes amores que apesar de imperfeitos nunca se esquecem…

5 Dias em Barcelona – Dia 4

Depois de pensar que estava a viver um pesadelo, lá me levantei no 4.º dia em Barcelona, preparada para encarar a cidade de frente e tomar medidas poder voltar para Portugal.
Lá fomos nós em direção ao Consulado Português, não sem antes fazermos uma rápida paragem no mercado “la boqueria”, um espaço cheio de cores, cheiros, tudo regado com muito fascínio. Por lá, bebi um fresquíssimo sumo natural, que me purificou as entranhas.










Já no Consulado fui recebida de uma forma muito simpática, o que me fez sentir em casa, e me acalmou, consegui o cartão de viajante, garantindo um lugarzinho no avião de regresso a casa.
Bem mais calmas e decididas a aproveitar o dia, lá seguimos para o Bairro Gótico, onde nos deslumbramos com os artistas de rua perto da Catedral de Barcelona, por lá passamos a manhã.


De tarde seguimos a direção das Ramblas, para irmos ao Museu Erótico, mas depois de ver os preços, desistimos, voltamos à Boqueria para nos deliciarmos com aquelas maravilhosas frutas.



Enquanto a minha colega procurava "recuerdos", e dada a minha falta de dinheiro para os poder adquirir, sentei-me nas Ramblas a contemplar a Zona, até que comecei a abstrair-me dos edifícios para observar as pessoas, principalmente nos movimentos suspeitos dos vendedores de assobios (ou lá o que aquilo é), pois em mais de uma hora que lá estive não os vi vender nem um, mas reparei nos sinais sonoros e olhares que passavam aos seus comparsas encostados nas laterais da rua, ao recebê-los colocavam-se em marcha seguindo os turistas, no mínimo estranho, deu que pensar, pois passam horas e dias ali sem venderem aquelas porcarias que ninguém quer, de certeza que por detrás desse disfarce vendem muitas outras coisas que não os meros apitos.
Uma outra cena que me deixou boquiaberta foi ver um rapaz de aspeto Romeno a levantar uma tampa do piso e deitar para lá algo, pondo-se em fuga imediatamente, olhando para todos os lados, naquele momento a minha vontade era saltar para lá para ver o que lá tinha posto, ou então alertar a polícia, mas fiquei com tanto medo que limitei-me aos pensamentos.
O que é certo é que por lá é extremamente fácil determinar os minutos que a polícia demora a percorrer a rua, em pouco tempo entendi os seus movimentos, quanto mais os malandros que passam lá tempos infinitos. Naquele momento deu-me uma vontade enorme de ir para Polícia só para apanhar essa malandragem toda e colocá-la onde merecem estar – na cadeia.
Consciente que um ambiente mais espiritual me iria fazer bem, assistimos a uma missa na Catedral, num ambiente sereno, verifiquei que até lá as pessoas andam agarradas aos sacos, até mesmo para comungar, nem a presença de vários seguranças lhes deu sossego, um cenário algo estranho.

Ao final da tarde contemplamos a praça, os seus vários artistas, entre violinos, cantos líricos e o pôr-do-sol . Uma praça que estava apinhada de polícias, onde pelo menos por lá me senti segura.







Como o espetáculo de flamengo ficou adiado no dia anterior, tínhamos de ver um antes de regressar a Portugal, nem que fosse mais baratinho, para lavar a alma e trazer mais um pouco do espírito espanhol na bagagem.
Na Praça Real encontramos um espaço chamado "Los Tarantos", onde por apenas 8€ alcançaríamos o nosso objetivo. Fiquei positivamente surpreendida, para isso bastou o toque daquelas guitarras, e plim já estão a  mexer na minha veia latina, fico arrepiada até à pontinha do último cabelo (e eu tenho muito). Valeu bem o dinheiro, soube um bocadinho a pouco, mas julgo que nem com 24horas seguidas de espetáculo seria o suficiente.





Terminado o espetáculo sentamo-nos em amena cavaqueira, no chafariz central, observando a emblemática praça, rodeada de restaurantes e gente bem disposta, aí fomos constantemente abordadas por um vendedor de cervejas, que nos cansou de tão chato que era, mais tarde é que entendi a sua insistência, pois o seu objetivo não era vender-nos a bebida, mas sim “marihuana o alguna otra cosa”.
O insuportável vendedor, cansou-nos de tal forma que decidimos regressar ao Hostel que estava a 2 minutos dali, terminando o penúltimo dia de viagem.