Ontem o serão foi emocionante, depois de já ter visto o
filme “Lado a Lado” várias vezes, voltei a vê-lo, de uma forma diferente já
nada era novo, mas conseguiu emocionar-me mesmo assim.
Um verdadeiro hino ao amor puro, às verdades não assumidas,
como a busca intensa da perfeição, o ciúme, a amizade, a partilha, a compreensão
da vida na sua essência.
Um filme onde somos colocados no lado do espectador, mas
quase que arrancados para o meio do enredo.
Não consegui ficar indiferente a toda aquela partilha, a
tristeza de uma mulher que é deixada (Susan Sarandon), vê o seu marido (Ed
Harris) com outra(Julia Roberts): mais jovem,
irreverente, com uma carreira fantástica, e depois disto tudo, ainda
bonita a “roubar-lhe” a sua história. Corre, ainda, o risco de perder os seus
filhos, um medo que a atormenta, dilacera, e como se não bastasse descobre que
está doente – terrivelmente doente.
É empurrada para o fim, e assume esse estado com a maior doçura,
calma, resignação e amor.
Sentimentos tão bem explorados neste filme que nos
transportam para um cantinho bem escondido dos nossos próprios medos.