Previsões Leão para 2015

As previsões no Brasileiro, no final do ano logo se vê se estão corretas.


O time Júpiter-Saturno, impulsionado por Saturno, lhe dará o domínio necessário para alcançar seus objetivos. Seu valor e sua competência serão reconhecidos. Aquilo que você tocar se transformará em ouro. Aproveite estas ondas positivas para confirmar aquilo que você já realizou para que tudo de bom aconteça na hora certa.

Amor
Se você estiver comprometido e sua história resistiu a crises, ela encontrará outros marcos e outros objetivos que a soldarão por muito tempo. Se estiver solteiro, adeus aos relacionamentos que ficam aquém. A partir de agora, sua vida amorosa será conectada a corações que vibram na mesma frequência que a sua. Paixão e arrepios garantidos!

2º decanato (3 de Agosto-13 de Agosto): Em busca mais de si mesmo do que do outro!
Saturno só influenciará sua vida amorosa no final do ano (a partir do dia 22 de Dezembro) e, em 2016, se encarregará de testar a profundidade de seus compromissos e a natureza de suas reais necessidades no plano sentimental! Enquanto espera e em 2015, você termina um ciclo de interrogações e questionamentos de seus laços familiares e não terá muito espaço para recuperar e desfrutar da bela influência de Júpiter, que cuida da forma e de seus interesses! Para os comprometidos, você emerge de um período de reestruturação da família e foi levado a riscar um traço sobre o passado? Entre os dias 19 de Janeiro e 22 de Junho, Júpiter o agrada e se dedica a você! É a oportunidade de brilhar em todas as direções apesar das perturbações que afetavam seu cotidiano e suas atividades. Você está em plena revolução, evolução e procura identificar os problemas para superar seus limites? Pode contar com Júpiter para iluminar o caminho e com Vênus para aquecer seus laços, mesmo que no final de 2015 você esteja mais preocupado em impulsionar seu destino pessoal do que em fortalecer os laços! Solteiro, sua vida evolui em alta velocidade e lhe resta pouco tempo para amar ou procurar a alma gêmea. Enquanto isso, conte com Júpiter para favorecer os encontros e aumentar seu poder de sedução até o dia 22 de Junho, quando ele faz que você seja o centro das atenções! Neste verão, é Vênus que lhe oferece belas oportunidades de seduzir e de aumentar suas ambições pessoais, que, a priori, ocupam seus dias em 2015... Mas não suas noites!

Meu conselho:

Um ano importante e exigente para todos! Não há mais a vontade de contornar os assuntos, mas sim de aprofundá-los e até mesmo esfriar provisoriamente seus laços e ímpetos apaixonados! Desde 2012, você procura redefinir seu papel na família. Agora, é em relação a seu parceiro que você deseja e deve deixar suas marcas! Acabe com a relação fusão/confusão! Dê espaço para a lucidez e a maturidade dos sentimentos!


Vida social
Urano o incentivará a ter mais independência. Ele o impulsionará para se libertar das últimas correntes que entravam a realização de suas ambições. Utilize estas boas ondas com sabedoria e parcimônia. Dose seu ritmo e mire bem em seu alvo. Para isto, reflita antes de agir. Reflita e depois aja, não o contrário.

Forma
O duo Saturno-Urano o reconecta a uma atividade esportiva que você praticou há alguns anos. É hora de reiniciá-la com alegria. Você redescobrirá sensações esquecidas com o tempo, mas que permaneceram intactas. Reinicie com o mesmo ritmo. Logo você reencontrará seus talentos, seu endereço, sua técnica, que são, deve-se dizer, sublimes!

Ao longo dos meses:

Janeiro:
Um começo de mês sobrecarregado com início de negociações (dia 1º), mas que serão congeladas até a metade de Fevereiro. Não force as coisas no dia 1º e, se suas propostas ousadas parecem ganhar apoio por volta dos dias 13 e 14 de Janeiro, toma cuidado no dia 15, quando problemas de poder (ou ligados a suas finanças) podem pressioná-lo e obrigá-lo a rever suas pretensões! Prepare-se também, no final do mês, para sofrer uma decepção amorosa ou a passar por um momento de crise no plano afetivo ou uma frustração em relação à criatividade!
Conselho do mês: :
Um mês que pede que você mais colabore do que se oponha! Então, tente colocar um pouco de água em seu vinho para evitar conflitos e espere o diálogo ser retomado (em Fevereiro)!

Fevereiro:
O diálogo fica aberto até o dia 18 de Fevereiro e os negócios são retomados a partir do dia 11 de Fevereiro! Um mês para tentar aproximações tanto sentimentais quanto profissionais e tentar avançar seus peões lentamente, mas com segurança. Você não evitará protestos de seus devedores ou daqueles que detêm o dinheiro por volta do dia 23 de Janeiro, mas aguentará firme aconteça o que acontecer para orientar (dia 26 de Fevereiro, quando você demonstrará uma grande determinação, mas também uma intuição certeira) seu destino na direção certa, a sua!
Conselho do mês:
Um mês para retomar o diálogo e afirmar suas necessidades sem ir longe demais se você não quiser ser repreendido nos dias 6 e 23 de Fevereiro, quando, a priori, você não agradará a todos!

Março:
Aviso de tempestade para todos, principalmente o 2º decanato, que deve enfrentar pela última vez (a última, mas não menos importante) desde 2013 a quadratura Urano-Plutão, que o desestabiliza profundamente, mas no final o ajuda a afirmar seus desejos e, principalmente, sua enorme sede de expandir seus horizontes e concretizar algumas de suas ambições. Neste mês, existe a oportunidade de fechar um ciclo e alcançar um objetivo! Será necessário suportar um céu nublado (até 2016), mas conte com Júpiter para lhe oferecer oportunidades (a partir do dia 3 de Março) de acelerar o movimento e seguir para a novidade!
Conselho do mês:
Um mês que faz barulho e solta faíscas. Talvez para, no final, despertar seu entusiasmo e sua decisão de seguir em frente em direção à novidade de bom humor!

Abril:
Até o dia 20 de Abril, você só tem uma ideia na cabeça: afastar as fronteiras do possível e realizar suas ambições! Cuidado com as rivalidades e, principalmente, com os acontecimentos que podem vir do nada e contrariar seu avanço (dias 5 e 6 de Abril)! Cuidado também com as conversas com a hierarquia, que está de olho em você e que você terá dificuldade para convencer no dia 18 de Abril se não colocar um pouco de água em seu vinho e afirmar sua autoridade e seus desejos logo de cara! A partir do dia 21 de Maio, as coisas irão bem e, até o dia 29 de Abril, você terá grandes sucessos (inclusive no amor) e fechar o mês próximo de um sonho!
Conselho do mês:
Se você renunciar a demonstrar sua autoridade no começo do mês, você pode acabar seduzindo a todos jogando seu charme e provando sua lealdade e sua boa vontade!

Maio:
Um mês no qual você parece estar muito exposto no plano social! Você manifestou a intenção de defender sua visão do futuro e de seus projetos, mas não tem certeza se as pessoas o seguirão sem se manifestar e, principalmente, sem tentar encurralá-lo! Você passará muito tempo negociando e até procrastinando e será tentado a se rebelar quando, a partir do dia 19 de Maio, as trocas diminuírem e você for obrigado a pisar no freio para esperar o diálogo ser retomado (não antes do dia 11 de Junho). Enquanto espera, tente não irritar as pessoas (principalmente, seus gerentes de banco) reclamando de tudo e, segundo elas, demais! Cuidado com os mal-entendidos que podem aparecer e perturbar a comunicação, jogando, obviamente, contra você!
Conselho do mês:
Um mês no qual tudo e todos parecem ir contra você! Espere o próximo mês, muito mais favorável, para se comprometer e jogar suas cartas e suas qualidades... Principalmente!Junho:
Um mês quase unanimemente favorável ao seu progresso em todos os domínios. Os negócios são retomados e parecem querer alcançar suas expectativas desde o começo do mês e sua vida amorosa se beneficia (1º decanato) com seu desejo de aprofundar o assunto e canalizar suas emoções. Quanto aos outros, eles desfrutarão da presença de um Vênus langoroso e charmoso para seduzir a todos ou reacender a chama (dias 9 e 29 de Junho?) com ardor e sucesso.
Conselho do mês:
Para todos, um mês de ouro, que traz melhoria às suas trocas, sejam elas profissionais ou pessoais. Uma menção especial ao 2º decanato, que deve soltar faíscas (por volta do dia 22 de Junho)!

Julho:
Um mês para se distanciar dos acontecimentos que se desenrolam desde um primeiro semestre carregado demais! Em Julho, não tente partir para o ataque e não divulgue suas estratégias. Contente-se de navegar em uma primeira semana mais benevolente, na qual nada do que você fizer ou disser o levará a adversidades, mas tenha prudência a partir do dia 6 de Julho, quando o vento muda de direção e você estará inspirado a lidar com eventuais críticas e com aqueles que o esperam na espreita! Prudência em família (3º decanato) no dia 14 de Julho, quando você pode se sentir rejeitado e desconfie (2º decanato) de todo mundo nos dias 13, 15, 19 e 25 de Julho, quando as pessoas o provocarão!
Conselho do mês:
Um mês que deve ser reservado para a reflexão! É hora de tirar lições do passado (próximo ou distante), mas sem ficar ruminando!

Agosto:
Vênus pairando sobre seu signo desde Junho não facilita o relacionamento com sua família (3º decanato), da qual lhe parece urgente se afastar ou acertar um desacordo ou um problema recorrente no começo do mês (principalmente entre os dias 3 e 5 de Agosto)! A priori, você tem muita dificuldade em se fazer entender e pode sofrer a indiferença ou pressões que pesarão sobre você! A segunda quinzena do mês se anuncia mais calma para todo mundo, principalmente para o 2º decanato, que solta faíscas no amor no dia 19/08, ou que sucumbe à vertigem do amor! 1º decanato, o que lhe interessa é dinheiro e ele pode chegar aos seus bolsos no final do mês (dia 26/08?)!
Conselho do mês:
Um mês um pouco sombrio para o 3º decanato, que termina um ciclo de vida e acerta contas em família! Não se deixe abater pelas dificuldades que encontrar atualmente, pois as decisões que você tomar dependerão de sua maturidade e sua capacidade de se reestruturar de acordo com seus próprios códigos!

Setembro:
Tome cuidado para não confundir seus desejos com a realidade neste mês (1º decanato), no qual Júpiter favorece a entrada de dinheiro e as especulações, mas no qual você não deve exagerar se não quiser levar um tombo ou ser desiludido, principalmente por volta do dia 17 de Setembro, no qual você pode cometer um erro de estimativa! Cabe a você se retificar no dia 23/09, quando, a priori, sua cabeça volta para o lugar certo! A prudência é recomendada no final do mês (26/09), quando você pode ir longe demais e ser obrigado a rever seus planos!
Conselho do mês:
O 1º decanato tem vontade de empreender e pode fazer isso, mas respeitando as regras da prudência!

Outubro:
A comunicação estará em destaque a partir do dia 9/10, quando eventuais obstáculos cederão diante de seus argumentos convincentes e alguns poderão alcançar seus objetivos e/ou, por que não, encontrar o pote de ouro e conseguir, nos dois casos, os meios necessários para melhorar seu cotidiano! Belas perspectivas de melhorar sua imagem, passando suas mensagens com entusiasmo e, por que não, jogando seu charme para terminar de ganhar a partida!
Conselho do mês:
Por volta do dia 11/10 (momento forte do mês), você pode começar a colher os frutos de seus esforços passados! Então, mobilize-se para fortalecer a boa impressão que você passa para seu entorno e prepare-se para ganhar um sucesso bem merecido!

Novembro:
Uma primeira quinzena que promete e permite que você continue marcando pontos e mentes. Então, tente garantir um lugar seguro, pois o final do mês se anuncia mais severo e, para alguns (1º decanato), desconcertante! Principalmente no amor, pois você tentará fugir, evitar o outro ou culpá-lo. Cuidado também no trabalho, onde você não está protegido contra uma frustração ou um mal-entendido que o deixará deprimido, pois freará todos os seus ímpetos recentes!
Conselho do mês:
O mês começa bem e termina mal! Tente antecipar as possíveis preocupações (principalmente, o 1º decanato) ao relativizar os acontecimentos e canalizar seus estados de espírito que o preenchem!

Dezembro:
Sua vida amorosa o chama em Dezembro. O 1º decanato está lutando para se recuperar dos choques sentidos no mês passado e o 2º está nervoso! Apenas o terceiro decanato parece ser capaz de terminar o ano em grande estilo, desde que ele não fique preso ao passado sobre o qual, querendo ou não, deverá riscar um traço!
Conselho do mês:
Um mês que deve ser esquecido para começar o ano de 2016 em grande estilo! Feliz ano novo!

Fonte: http://www.meu-horoscopo-do-dia.com/horoscopos/anual-2015/leao.htm

Days like these, lead to

Nights like this, lead to

Love like ours

You light the spark in my bonfire heart

People like us, we don't

Need that much

Just some-one that starts

Starts the spark in our bonfire hearts

 

 

A 1.ª tela para a minha casinha, oferta da minha irmã.

O que eu gostei dela :)

Natal 2014 já era

Gosto especialmente desta época do ano. Não só das luzes que enchem as ruas de encanto, do vermelho que paira um pouco por todo o lado (não que eu seja do Benfica), do cheiro a especiarias que paira no interior das casas, da alegria, do frenesim e correria que nos invade por estes dias. Gosto especialmente do facto de receber notícias de quem já não ouço falar há algum tempo.

Da calma de ver um filme típico desta altura, sem pensar em horários.

De observar os rostos de surpresa ao abrirem os presentes que ofereço, e da frase “Era mesmo isto, como adivinhaste? Lembraste-te”

Da espectativa resultante do aproximar de um novo ano.

Mas fica sempre uma réstia de tristeza por mais um Natal que passou tão rápido.  

Impostos

Todos os anos me queixo do mesmo: Impostos.

Todos os anos sou vítima de roubos das mais variadas formas e feitios, com a agravante de não poder fazer a denúncia à polícia, dado que os assaltantes são o próprio governo.

Por grande infelicidade da vida fui obrigada a trabalhar a recibos verdes, isto porque quero ter trabalho. Ora neste país à beira mar plantado, inventaram um sistema tão corrupto como os políticos que lhes ditam as leis, os patrões acharam a ideia absolutamente fantástica. Prescindem dos contratos, que os obrigaria a pagar direitos aos trabalhadores (ainda que poucos), subsídios de Natal e de férias, já para não falar nos de refeição.

Contudo, as obrigações essas são as mesmas de um qualquer contratado, sim desde as picagens, posto de trabalho e horas extra, mas os pagamentos dessas horas são para esquecer, segundo eles: os patrões “queres ter trabalho, é assim, caso contrário vai-te embora”, mais palavra bonita, menos palavra a mensagem é essa.

Como bom Zé povinho que sou tenho de calar e fazer, caso contrário aplica-se a velha frase: quem está mal que se mude. Boa frase essa, mas mudar para onde, como ???

O que devo mais fazer? Se fui estudar, fui, se continuo a tentar melhor as minhas capacidades técnicas, teóricas, sociais, humanas a resposta é afirmativa, paguei as minhas propinas e paguei sempre os meus impostos, deveres enquanto cidadã. Se dou o meu melhor em cada dia, sempre, tentando superar em termos de resistência física e emocional sempre. Se travo uma luta diária comigo entre a ética, lógica e obrigação sempre. Se visto a camisola da entidade para quem trabalho é uma realidade, ainda que por vezes ela seja demasiado apertada e quase me asfixie. Se procuro acreditar que o amanhã será melhor é uma certeza, mas o amanhã nunca chega.

Tudo isto para quê? Só tenho obrigações, direitos não tenho nenhum. Contribuo em todas as vertentes para este pais e o que é que ele me dá? Revolta e desânimo. Como posso acreditar no futuro se nem no presente eu acredito.

A escumalha dos patrões e políticos roubam a massa trabalhadora de uma forma atroz, vivem à custa do suor e sacrifício dos que efetivamente trabalham, alarves.

Reviro e revolto o cérebro à procura de uma saída que me torne mais sustentável e viável financeiramente, pergunto-me se não deveria abrir uma empresa minha, em que eu fosse a decisora, ou então emigrar, fugir deste país de ladrões que não merece ter uma massa trabalhadora como a que tem: que se desdobra em 1000 funções, que dá o litro, que veste muitos papéis.

O melhor mesmo é trabalhar ao negro ou então viver do RSI, ao menos roubamos os outros e impedimos que nos roubem a nós.

Abutres

Como uma bola sobe intensa pressão caminho nos minutos desta vida.

Sobe o olhar atento de abutres, que se apoderam de cargos de poder, domínio que lhes salta de cada poro da pele. Gente incapaz de se auto analisar, de fazer uma observação à sua conduta, tal é o medo da pobreza de espirito que vão encontrar.

Esses medíocres que têm como objetivo único o aumento dos zeros nas suas contas bancárias. Para tal desígnio colocam de lado os direitos humanos, a honestidade, a ética, a verdade.

Julgam-se donos da verdade e do mundo.

Criticam os vigaristas famosos, que surgem nos holofotes da fama, enchendo a boca para falar em verdades, justiças e esquecem-se de se olhar ao espelho, esses abutres.

Enchem a pança em banquetes opulentos, mastigam as carnes desmesuradamente, da mesma forma que comem a alma dos seus sobrevenientes.

Na sombra surgem os inúteis de mais pequena escala que picam o ponto de entrada nos seus trabalhos, que de trabalho têm apenas o nome. Com o rabo bem refastelado, aquecido pela força dos ares condicionados, atados à sua inércia, palermas sem lei que a única coisa que sabem fazer é fugir às responsabilidades. Nada fazem para justificar o dinheiro que se lhe é pago no final do mês. Atiram responsabilidades para o corpo dos outros sem dó nem qualquer piedade. Refugiam-se na sua vil ignorância, onde a única preocupação é ler as ultimas notícias dos blogs da treta, ou observar o último verniz que saiu para o mercado. Na sua razão pisam os outros com o mesmo descaramento com que sorriem para uma qualquer notícia cor-de-rosa ao longo de 8 horas de trabalho, nos 365 dias de cada ano.

Com vozinhas adocicadas e ares de vítimas, onde a maior preocupação é a marca do creme que vão colocar no seu cuidado umbigo.

É esta escumalha que prolifera ao meu redor.

O cheiro a podridão da hipocrisia é de tal forma nauseabundo, que sinto que vou asfixiar a qualquer momento.

Essa aragem entra-me pelas narinas, invadindo-me o cérebro, os olhos, desce pelo sistema sanguíneo, invadindo-me cada artéria, enchendo por inteiro o coração e a alma, quer subir de novo e explodir na boca mas a maquiavélica podridão da sociedade bloqueia-me as palavras, fazendo-as explodir constantemente no meu interior, a qualquer hora do dia, em qualquer dia da semana. Invade-me de tal forma que começo a ter vergonha de me olhar ao espelho.

Sou quase uma estranha neste corpo.

Esses abutres roubam um bocado da minha essência a cada dia que com eles lido.

Abafam-me o riso, as espectativas, os sonhos, a alegria de acreditar na verdade.

Tornam-me numa mulher fria, indiferente, egoísta.

Nesta selva quem se safa é quem melhor aldraba, melhor se esconde, melhor parece, e ou se joga com as mesmas regras ou salta-se fora.

O meu cérebro e o meu corpo querem fugir para bem longe, o mais rapidamente possível, este jogo não é o meu.

Quero voltar a encontrar a mulher que sempre fui, aquela que eu sempre conheci, temo agora que os abutres já a tenham morto e nem eu tenha dado conta disso.

Ao meu pai

Reconheço a sua espécie de assobio, esteja onde estiver, sinto o seu timbre, a sua musicalidade, decifro o seu estado de espirito a qualquer instante.

O seu jeito de caminhar, com os braços cruzados, ou com as mãozinhas nos bolsos.

Como que um odor presente em mim, o cheiro do meu pai é incomparável, pergunto-me se esse sentimento virá dos tempos em que repousava no berço. Gostava que esse perfume me acompanhasse sempre, para que a segurança caminhasse lado a lado, amarrada às minhas passadas.

Segundo a minha mãe foi ele quem me ensinou a dar os primeiros passos, o que tem a sua graça, pois ainda hoje continua a segurar-me os braços e a encaminhar-me para as diversas estradas da vida. 

Fecho os olhos e sinto-o a pegar-me às cavalitas e a colocar-me na cama, junto com a minha irmã, a tapar-me com cuidado. Renasce em mim o calor da proteção, das noites tranquilas da infância, em que a única preocupação era encontrar nos sonhos as princesas da imaginação.

Sinto o vento quente a bater-me na cara, e a alegria de andar de mota, sentada entre os seus braços, com as pernitas encostadas ao depósito de uma Casal 2, qual pássaro azul a voar pelos oceanos, experimento novamente a sensação de planar pelo sol quente de Verão.

Encosto-me ao seu ombro e revejo-o a tratar-me cuidadosamente das inúmeras feridas, resultado de incontáveis quedas. Esteve sempre lá para me levantar, munido de Betadine, Mercúrio, álcool e o suave algodão, apetrechos que sempre o acompanharam, o meu enfermeiro 24 horas, sem feriados, férias, dias santos ou folgas.

Desde sempre fui intolerante à dor, qualquer picada de inseto era motivo de uma enorme gritaria, e o que eu sofri com dores de ossos. As noites eram intermináveis pesadelos, como não tinha o que me distraísse, gritava com toda a força, com a boca bem aberta (e não era pequena), calmamente o meu pai massajava-me o corpo com pomadas, pomadinhas e uma panóplia de mesinhas, que me ajudavam a serenar a dor.

Ainda o oiço nas cantorias matinais de Domingo, a toda a força imitava o Pavarotti, o que me enervava aquele ruidoso despertador, e o que me apertam as saudades da sua sonante alegria que agora relembro.

A expressão facial quando se enerva ainda continua a mesma, basta olhar para ele que sei exatamente quando algo o incomoda.

Quando era miúda, adorava as caixas de bolachas sortidas, principalmente as embrulhadas em papelinhos de prata coloridos, era capaz de me sentar ao lado da caixa e só terminar quando acabassem todas, ignorando se os outros teriam a hipótese de as saborear. Bastava olhar para a sua expressão que descodificava logo a mensagem, nunca percebi como é que ele fazia aquilo, pois eu era efetivamente uma traquinas, sem grandes fitas, eu parava com as atitudes menos próprias. Nesse ponto acho que o meu pai poderia dar formação aos papás de hoje, que deixam as suas crias a berrar desalmadamente e fazem asneiras debaixo das suas barbas, sem mexerem uma palhinha que seja.

As saudades que eu tenho de lhe sentir a mão tocar no alto da minha cabeça, e a agarrar-me o ombro para acalmar, as saudades que tenho dos anos em que muitos faltavam para viver sob a sua mão que me amparava todas as quedas.

Tempos

 

 

Corro atrás do tempo, como uma louca procuro um momento, uma pequena sensação, uma notícia, uma emoção que nem eu reconheço.

De tão rápida que é a corrida passo pelos momentos a uma velocidade vertiginosa. A vida foge-me por entre os dedos como água que se evapora, transformando-se em pequenos nadas.

As noites tornam-se pequenas, porque o sono tarda em chegar, cada dia é vivido na plenitude total das suas horas. Não quero dormir porque há sempre mais em que pensar, algo para ver, sentir e descobrir.

Mas os dias são sempre iguais…. a lua está sempre lá longe e o sol dá-lhe sempre espaço para poder brilhar.

As estradas trazem-nos sempre ao ponto de partida, por mais quilómetros que se façam, o regresso é sempre um reencontro. Com os nossos medos, inseguranças, desilusões, partidas e essas muitas vezes definitivas.

E aquelas frações de minutos em que somos imensamente felizes passam diretamente para o nosso arquivo das memórias, tão rápida como inesperadamente, a corrida é imediata na tentativa de regressar ao ponto de partida, ingénuos não entendemos que esses jamais regressam.

O tempo é indomável, veloz, e até matreiro pois só nos dá a oportunidade de sermos felizes no agora.

Dança da Primavera

Procuro no silêncio a luz…

Que transporte com ela o brilho da infância.

Aquela luz quente que sempre me enchia a face.

Nas tardes de Primavera.

Quando as minhas pernas eram ainda muito pequenas para poderem alcançar as árvores, os seus galhos e os pássaros que nelas repousavam.

Quando o meu corpo era ágil, tão ágil que desdobrava os sonhos e criava realidades.

No tempo em que dançava por entre os campos de girassóis.

Rodopiando, rodopiando, com o meu longo cabelo a ondular na brisa da fantasia.

Onde em cada fio, pendiam pássaros.

Aqueles que me elevavam ao cume das árvores e me faziam girar e girar, numa dança sem fim.

Fechava os olhos e ouvia a sua música e eles bailavam e bailavam comigo, num ritmo alucinante.  

Naquela relva fresca, tão fresca que os meus pés sempre descalços eram invadidos de tamanha energia que quase me faziam voar e voar pela imensidão dos campos amarelos.

De braços bem abertos na tentativa de abraçar o mundo era puxada para um lugar repleto de paz.

Sempre julguei possível agarrar o círculo da terra.

Aquele azul, o azul do céu e do mar.

Naquela longitude, onde o infinito é sempre alcançável.

Onde o sol sempre brilhou.

Procuro e procuro a luz.

Aquela luz …

Que transporte com ela aquele brilho, aquele odor, aquela brisa - a da infância.

Fecho os olhos e já não sinto os pássaros no meu cabelo a elevarem-me, a dançarem comigo nos campos amarelos.

Os meus braços já não se abrem para abraçar o mundo.

Luto, incessantemente para que seja ele a abraçar-me.

Neste tempo em que não dou já passos descalça.

Nesta Primavera em que os campos continuam amarelos.

O azul do Mar e do céu sempre longínquo se mantem no mesmo local.

O sol continua a brilhar e a aquecer-me a face.

Esta que agora me acompanha.

Nesta pele que me cobre e que eu já mal reconheço.

Estas mãos que ansiavam agarrar as brisas frescas.

Estão agora diferentes, enrugadas, manchadas pela vida que foram desbravando …

Mas foram elas sempre as primeiras a afagarem-me as lágrimas

Esta estranha que agora me habita procura, ainda, a luz, aquela Luz… 

 

 

O regresso

Ora cá estou de regresso, depois de uns tempos parada para introspeção interior eis que surge de novo este amor pelo mundo dos blogs. Cara lavada e nome fresquinho, numa renovação completa da vida.

1.º Grande novidade FINALMENTE tenho casa, sim minha, só minha, com uma conta gigante para pagar.

2.º Estou focada nela e só nela para esta nova fase da minha vida.

3.º Ainda tenho o maldito aparelho.

4.º Sinto-me segura de mim mesma.

5.º Tenho tantos projetos que precisava de me reinventar criando uma replica da minha pessoa.

6.º Continuo a correr atrás da felicidade.

7.º Vou conseguir apanhá-la.