Corro atrás do
tempo, como uma louca procuro um momento, uma pequena sensação, uma notícia,
uma emoção que nem eu reconheço.
De tão rápida
que é a corrida passo pelos momentos a uma velocidade vertiginosa. A vida
foge-me por entre os dedos como água que se evapora, transformando-se em
pequenos nadas.
As noites
tornam-se pequenas, porque o sono tarda em chegar, cada dia é vivido na
plenitude total das suas horas. Não quero dormir porque há sempre mais em que
pensar, algo para ver, sentir e descobrir.
Mas os dias são
sempre iguais…. a lua está sempre lá longe e o sol dá-lhe sempre espaço para
poder brilhar.
As estradas
trazem-nos sempre ao ponto de partida, por mais quilómetros que se façam, o
regresso é sempre um reencontro. Com os nossos medos, inseguranças, desilusões,
partidas e essas muitas vezes definitivas.
E aquelas
frações de minutos em que somos imensamente felizes passam diretamente para o
nosso arquivo das memórias, tão rápida como inesperadamente, a corrida é
imediata na tentativa de regressar ao ponto de partida, ingénuos não entendemos
que esses jamais regressam.
O tempo é indomável,
veloz, e até matreiro pois só nos dá a oportunidade de sermos felizes no agora.
Verdade ;)
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