segunda-feira, 29 de julho de 2013

Férias 2013

Bem não vejo a hora de parar, para descansar, desfrutar, dormir, saborear pratos novos e lavar as vistas.
Este ano está a ser complicado, inicialmente queríamos fazer um cruzeiro, não muito pela minha vontade mas pela dos meus 3 colegas de viagem, essa ideia vai sendo posta de lado, pelo seu preço avultado.
Não conheço muitos países, pelo que quase qualquer um serve.
Resumo das cidades visitadas nos últimos tempos:
2010: Londres
2011: Palma de Maiorca
2012: (Espanha e Itália) Barcelona, Milão, Verona, Veneza, Florença e Pisa.
Estou virada para as ilhas Gregas tipo Santonini e Miconos ou então Marrocos e as cidades imperiais.
A ver vamos, eu quero é ir….

terça-feira, 16 de julho de 2013

Às vezes é preciso fugir

Às vezes é preciso fugir, não dos outros mas de nós próprios.
Sim fugir para bem longe do presente, deste momento que nos inquieta, que nos perfura, nos magoa.
Na ânsia de encontrar chaves, que abram portas, vontades, daquelas bem escondidas, bem enterradas em nós.
Uma vontade enorme de fechar os olhos e hibernar, durante um longo período, descansar mais do que o corpo - a alma.
Sou uma má companhia para mim própria, nesta fase, ando cansada deste meu sentir.
Dei tudo, esgotei-me, fui mais além de mim, dei tanto que me esvaziei. 
Preciso de me encher de novo, regressar à pesquisa, à busca, à sede de viver, à alegria do dia-a-dia.
Desejo fugir da mais pequena réstia de sugadores energéticos, sobe pena de sucumbir a este cansaço.
Quando as portas ficam entre abertas, como feridas que nunca se fecham, tudo se inquieta, estremecendo como uma torrente de hesitações.

Às vezes é preciso silenciar o coração, acalmá-lo para podermos voltar a viver e encontrar novos caminhos, nem sempre os do coração mas os da razão, nem sempre os da razão mas os do coração. 

As personagens que me habitam



Lágrimas transparentes, secas, translucidas vertem da minha alma em cada partida, em cada despedida.
Como um ato solene gosto de silêncios, de paz, de tranquilidade, para que a introspecção e o adeus não seja tão doloroso.
Geralmente, quando visto a personagem e a procuro em mim, fico extremamente nervosa, o medo de que ela não chegue, ou que chegue tarde demais, absorve-me de tal forma, impedindo-me de serenar.
Quando a sinto vibrar dentro da carne, esqueço-me dos pensamentos da minha real pessoa, ganho a sua agilidade, o seu respirar, a sua voz, o seu sentir, é a magia a apoderar-se de todo o ser, algo absolutamente divino, quase surreal.
No final, bem no final da peça de teatro, já depois dos aplausos, ambas refugiamo-nos no escuro, bem no escurinho… para nos despedirmos, sem palavras, inundadas de uma profunda paz, é muito raro sabermos quando será o reencontro.
A maquilhagem vai embora como a água que desce pelo cano abaixo, dispo-lhe as roupas, as marcas, os adereços, a voz, o cheiro, o timbre, o olhar, as expressões, até o sentir, tudo vai embora, menos a saudade que fica em mim em cada lembrança.

Subsiste um misto de contentamento e tristeza, todas as personagens me habitam, mas nenhuma permanece.