quinta-feira, 26 de abril de 2012

O meu cantinho alcançou hoje as 1000 visitas e por isso estou muito feliz.
A todos os que se têm sentado comigo a ler-me os desabafos, o meu agradecimento.
Espero encontrar-vos muitas vezes por cá...





PAVILION OF WOMEN

Os feriados e domingos são, frequentemente, passados a fazer algo que adoro: ver filmes, algo que nos restantes dias é missão incerta. Se há algo que realmente gosto é: enrolar-me numa manta, vestida a rigor com o meu pijaminha, o belo do chá, ou de preferência uma caixa de algo doce (podem ser chocolates, ou bolachas), telemóvel em silêncio e está feito o ritual para ver um bom filme, daqueles que emocionam, que mexem com a nossa imaginação e nos transportam para outras histórias, oferecendo-nos uns pozinhos mágicos para a nossa própria história.

O de ontem foi excecional: Pavilion of Women, baseado numa obra de Pearl S. Buck

Pavilion of Women conta a história de Madame Wu, uma Chinesa que vive aprisionada a uma relação que não desejou, a costumes que lhe roubam a liberdade, descrevendo brilhantemente a realidade vivida nos anos 40 naquele país Asiático.
Assuntos como o adultério e a possibilidade aberta do sexo masculino possuir concubinas, algo que nos poderá chocar na atualidade, mas que na época era algo comum, normal e aceitável.
Explora as emoções femininas e a submissão às regras familiares em detrimento das suas vontades individuais. Até ao momento em que Madame Wu descobre as emoções reais da entrega a um sentimento incontrolável como o amor, apaixonando-se pelo Padre André.

Trata-se de um drama bem explorado sobre as regras familiares, casamentos, expetativas, diferenças culturais, religiões e liberdade.

Com um final surpreendente, transportando o público para um complexo mundo de inquietações.

Despertou-me a enorme curiosidade para ler o livro.


No dia da comemoração da Liberdade nada como observar a importância da falta dela. A maioria de nós, efetivamente, só sente falta daquilo que não possuí, quando as coisas são alcançadas vão perdendo o sabor. Porém, algo que nunca poderá perder a sua real importância é a Liberdade, afinal a falta dela não foi uma realidade assim tão distante, e em cada dia que passa vamos permitindo que nos roubem pequenos nadas que no final das contas se transformam em tudo. Lutemos sempre pelos nossos ideais, pela nossa verdade, antes que a desilusão nos silencie, nos inquiete e nos tire o pio, amofinando-nos pelo medo. Que o triste passado não volte nunca a ser o insuportável presente.