sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

VAZIO


Há momentos, carregados de palavras que nos fazem despertar de ilusões, criadas não pela realidade mas pela enorme capacidade de sonhar que nos atravessa a alma.
As campainhas dentro do nosso coração começam a tocar e a ressoar ininterruptamente a palavra: “PERIGO”, “PERIGO”,”PERIGO” , quando esse momento acontece já nada voltará a ser igual.
Sou uma pessoa exageradamente cismada, construo personagens, cenas e filmes com princípio meio e fim, gosto de criar motivos para tudo e dar respostas para atitudes e palavras que não têm que ter um motivo para acontecerem.
Às vezes acerto, mas muitas vezes engano-me e quando isso acontece, fico extremamente e profundamente triste.
Quando os gestos, os olhares, o tom de voz, e essencialmente as palavras se juntam criando aquelas frases que não queremos ouvir, e tudo em nós estreme-se, a desilusão apodera-se de todo o nosso corpo, criando um bombear estranho ao nosso sangue, a alma chora, a boca fecha-se o silêncio exterior vence-nos, mesmo que internamente tudo grite – desesperadamente.
Quando percebemos pelas atitudes do outro, que tudo o que sentimos não passou de uma suposição, ilusão, mal-entendido, irrealidade, que tudo o que imaginamos não passou disso mesmo.
Tudo nos molda, nos faz crescer, até mesmo estes episódios, quero acreditar que sim, mas no meu caso acredito que me exageram o caracter, criam-me medos e cismas que me vão destruindo a capacidade de acreditar e amar alguém de uma forma pura e confiante.
Mas só alguém que amou perdidamente alguém, e a perdeu, sabe ao que me refiro, pois nunca nada voltará a ser o mesmo no que se prende com o coração e a sua capacidade de entrega… A única coisa que se mantem semelhante é o vazio, profundo, dilacerante e incompreensivelmente imutável.
 
 

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012


Apesar da rádio abusar na transmissão de músicas bonitas, ainda não me cansou desta...


segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Fim de semana de cinema


As noite frias de chuva, servem para fazer uma coisa que eu adoro, e que só tem a verdadeira beleza com características destas - ver filmes.
Este fim de semana foi em grande, uns revistos outros vistos pela primeira vez, gostei de todos...





Sinopse: Uma garota vai passar o verão com a família na cidade litorânea de Seabrook, na Carolina do Norte, nos anos 40. Ainda uma adolescente, Allie Hamilton (Rachel Mcadams) conhece Noah Calhoun (Ryan Gosling), que mora na cidade, no Carnaval. Noah sente que é amor à primeira vista. Embora a menina seja de uma família rica e ele seja um operário, os dois se apaixonam profundamente durante um verão repleto de emoção e liberdade.




Sinopse:Em 6 de Dezembro de 1973, Susie Salmon é assassinada por seu vizinho, George Harvey, um assassino em série de garotas e mulheres. Um ano após a morte de Susie, sua irmã e seu pai começam a desconfiar do vizinho e a procurar provas para incriminá-lo.

Susie não vai para o paraíso – fica numa espécie de limbo e observa seu assassino. O motivo de sua estada neste lugar intermediário é o fato de não ter se conformado com a morte e desejar vingança contra o assassino que, depois de acabar com as pistas, se prepara para matar novamente. Susie luta para consumar seu desejo de vingança contra Harvey e o desejo de ver sua família se recuperar de sua perda.



Sinopse: Collins (Angelina Jolie), uma mãe solteira, se despede de Walter (Gattlin Griffith), seu filho de 9 anos, e parte rumo ao trabalho. Ao retornar descobre que Walter desapareceu, o que faz com que inicie uma busca exaustiva. Cinco meses depois a polícia traz uma criança, dizendo ser Walter. Atordoada pela emoção da situação, além da presença de policiais e jornalistas que desejam tirar proveito da repercussão do caso, Christine aceita a criança. Porém, no íntimo, ela sabe que ele não é Walter e, com isso, pressiona as autoridades para que continuem as buscas por seu verdadeiro filho.








Sinopse:O amor manifesta-se de todas as formas, em todo os lugares. Aqui o amor é parte fundamental da vida de 19 personagens que entrelaçam as suas histórias com muita emoção, paixão e bom humor. O novo primeiro ministro inglês apaixona-se por uma funcionário do seu staff. Um escritor refugia-se em Portugal para curar o seu coração e acaba por encontrar o amor dentro de um lago. A mulher bem casada suspeita que o marido a trai. Já a recém casada suspeita dos sentimentos do melhor amigo do marido por ele. Um menino deseja chamar a atenção da garota mais inatingível da escola. Um viúvo tenta relacionar-se com o enteado que mal conhece. A Americana há muito tempo espera uma oportunidade de sair com um colega de trabalho por quem é perdidamente e silenciosamente apaixonada. O astro do rock, em final de carreira, tenta volta ao show business. São vidas e amores que se misturam na romântica Londres, e atingem o seu climax na noite de Natal. 

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Que se lixem as químicas ...




Quando tudo aparentemente estava bem, calmo, tranquilo, demasiado sereno até, eis que surge algo que me rouba a paz, a quietude, o sossego.
Andava ansiosa por encontrar um tipo de emoção capaz de me fazer sentir viva, com o sangue a bombar em toda a sua vitalidade dentro de cada veia do meu corpo. Tanto pedi que tudo apareceu de uma forma desastrada, inconsequente, agitada e assustadora.
Veio de mansinho, roubando-me um sorriso, aos poucos foi-se transformando em incontáveis e desarmantes gargalhadas, em muitos olhares, numa grande e intensa sensação de aperto na barriga, sensações já esquecidas e tão ansiadas.
Para mim continua a ser um grande mistério esta história das químicas, atrações e coisas do coração. Esta questão das ligações sempre me fez confusão o porquê de se achar “piada” a “A” em vez do “C”, regra geral “escolho” sempre mal. È verdade tenho medo das minhas próprias escolhas, não confio nelas, è certo que isso é desconfiar de mim própria e faço-o conscientemente.
O receio apoderou-se de mim, do meu sistema nervoso, da minha alma, da minha pele, do meu coração deixei de ser eu própria, e isso nunca me aconteceu, mau presságio por sinal.
Talvez tudo tenha servido para me mostrar que ainda tenho uma longa caminhada para percorrer antes de encontrar o grande e verdadeiro amor.  

Volto a usar as frases tão habituais em mim “que se lixem as químicas”, “estava muito bem como estava”.