Há momentos, carregados de palavras que nos fazem despertar
de ilusões, criadas não pela realidade mas pela enorme capacidade de sonhar que
nos atravessa a alma.
As campainhas dentro do nosso coração começam a tocar e a
ressoar ininterruptamente a palavra: “PERIGO”, “PERIGO”,”PERIGO” , quando esse
momento acontece já nada voltará a ser igual.
Sou uma pessoa exageradamente cismada, construo personagens,
cenas e filmes com princípio meio e fim, gosto de criar motivos para tudo e dar
respostas para atitudes e palavras que não têm que ter um motivo para
acontecerem.
Às vezes acerto, mas muitas vezes engano-me e quando isso
acontece, fico extremamente e profundamente triste.
Quando os gestos, os olhares, o tom de voz, e essencialmente
as palavras se juntam criando aquelas frases que não queremos ouvir, e tudo em
nós estreme-se, a desilusão apodera-se de todo o nosso corpo, criando um
bombear estranho ao nosso sangue, a alma chora, a boca fecha-se o silêncio
exterior vence-nos, mesmo que internamente tudo grite – desesperadamente.
Quando percebemos pelas atitudes do outro, que tudo o que
sentimos não passou de uma suposição, ilusão, mal-entendido, irrealidade, que
tudo o que imaginamos não passou disso mesmo.
Tudo nos molda, nos faz crescer, até mesmo estes episódios,
quero acreditar que sim, mas no meu caso acredito que me exageram o caracter, criam-me
medos e cismas que me vão destruindo a capacidade de acreditar e amar alguém de
uma forma pura e confiante.
Mas só alguém que amou perdidamente alguém, e a perdeu, sabe
ao que me refiro, pois nunca nada voltará a ser o mesmo no que se prende com o
coração e a sua capacidade de entrega… A única coisa que se mantem semelhante é
o vazio, profundo, dilacerante e incompreensivelmente imutável.
Faço das tuas palavras as minhas palavras:-)
ResponderEliminarIsto porque, eu nunca teria a capacidade de escrever da forma tão característica e própria como tu o fazes tão bem... Transmitir para o papel o que nos vai no pensamento é tão ou mais difícil o quanto encontrarmos a definição certa do que sentimos perante essas peripécias da vida...
É preciso fazermos uma longa caminhada até acharmos as palavras que melhor definem as nossas ilusões, tão próprias do nosso ser :-)
Confia, acredita e agradece estas "pequenas desilusões" e um dia encontrarás a definição adequada para a existência delas...
Beijinhos