Quantos seres transmitem alegria, e se encontram
terrivelmente tristes.
Quantos nos parecem tristes e estão a explodir de alegria.
Quantos sorriem em busca do retorno de um sorriso.
Quantas lágrimas se engolem e ficam apertadinhas
no peito, para não se mostrar a tristeza ou até a comoção da alegria.
Os abraços que pedem não para dar força, mas para
recebe-la.
As vezes que dizem obrigado, quando não querem dizer nada.
Quantos dizem “que bonito”, quando o que sentem é ”que feio”.
Quantos dormem ao lado de quem já não suportam sequer tocar.
Quantos dormem sós, acompanhados de muita gente.
Quantos dizem “acredita”, quando nem eles acreditam.
Quantos dizem “vou”, quando sabem que nunca irão.
Quantos falam tudo e não transmitem nada.
Quantos não dizem
nada e transmitem tudo.
Quantos choram e não sentem nada.
Quantos sentem tudo e
nunca choram.
Quantos têm muito medo e parecem fortalezas.
Quantos são fortalezas e parecem medrosos.
Quantos estão sempre sós e parecem sempre acompanhados.
Quantos estão sempre acompanhados e se sentem sempre sós.
Quantos dizem ”estarei sempre lá”, e nunca estão.
Quantos dizem “adoro-te” e sabem que odeiam.
Quantos dizem “amo-te” e querem dizer “não sinto nada por
ti”.
Quantos dizem “não sinto nada por ti” e querem dizer “amo-te”.
Quantos se julgam perfeitos e são, indesculpavelmente, os mais imperfeitos.
Que presença de espírito demonstras com este texto! Indiscutivelmente, estão aqui muitas verdades...
ResponderEliminarIndiscutivelmente poderia fazer mais 200 posts subordinado a este tema...
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