Já andava há algum tempo para falar em relações, mas
faltava-me a verdadeira motivação, até porque são temas tão batidos, tão
explorados que muito pouco há a dizer, a verdade é que não há grandes fórmulas,
e nunca se sabe o que pode acontecer.
No que toca ao amor não sou grande mestra das estratégias
certas a dizer e a fazer, até porque de todas as que tive, sérias e menos
sérias nenhuma sobreviveu até ao momento.
Umas por saturação, outras porque rebentaram de vez, porque
perdi a paciência para aturar crises existenciais, a verdade, verdadinha é que
me cansei de aturar merdinhas.
No meio desta embrulhada tirei algumas conclusões que passo
a referir:
1 – Se damos muita atenção aos homens, eles vêem-nos como
chatinhas.
2 – Se não damos atenção, não vivemos verdadeiramente a relação.
O que é certinho é que neste caso eles andam atrás das ladys como abelhas atrás
do mel.
3 – Os primeiros tempos da relação são determinantes para
definirem a continuidade do estilo da ligação, regra geral quanto mais inacessíveis
formos melhor, o que nem sempre é fácil, e com esta atitude também corremos o
risco que eles se pisguem para outras mais fáceis, que é coisinha que não falta
por aí.
4 – No primeiro mês de relação, nada de ir em conversas
como: “ Amo-te”, “Não sei viver sem ti”, “Só penso em ti”, regra geral é tudo
mentira, se viveu sem a nossa fantástica presença até aí, como é que em tão
pouco tempo passamos a ser o ar que respiram, a não ser que sejam obcecados e
aí o melhor é fugir a toda a velocidade.
5 – Nada de cair nas graças dos fantásticos homens sem
provas efetivas, diárias de gestos e atitudes.
6 – Quando dizem: “Desculpa não te ter ligado, mas
esqueci-me do telemóvel”, se a frase for continua, é uma desculpa, hoje em dia ninguém
anda sem o telemóvel, é quase como andar sem um braço, ou uma perna.
7 – Se o esquecimento do telemóvel for acompanhado com uma saída
de amigos, ativar imediatamente o alarme vermelho.
8 – Quando todas as sextas feiras à noite e sábados forem essenciais
para a saída com os amigos, abrir bem a pestana, porque é estranho, muito
estranho…
9 – A existência de uma melhor amiga, que não conhecemos, e
onde teimam em arranjar desculpas para não a apresentar, cuidadinho, muito
cuidadinho, porque poderá ser a futura namorada.
10 – Quando repetem frases de outras fulanas do género: “A
fulana acha melhor isto e aquilo”, alerta vermelho, já alguém me dizia que os
homens não têm melhores amigas.
11 – Quando teimam em andar com os telemóveis em silêncio,
dizendo que não gostam de ser incomodados, alerta vermelho florescente.
12 – Evitam levar-nos a programas com os amigos, dizendo: “Tu
não te vais sentir bem, sabes que temos conversas de homens, para ti pode ser
seca”.
13 – Não se dão ao trabalho de nos surpreender.
14 – Quando saímos a rotina domina a relação, e surgem as habituais
dúvidas: “Onde queres ir?”, “Não sei, o que queres fazer?”, “Sei lá”.
15 – Argumentos como: “Desculpa tenho adormecido sempre
cedo, chego a casa tão cansado que só me apetece dormir”, “Sabes que estas
semanas têm sido muito cansativas”, “ O problema não és tu sou eu”, “ Gosto
muito de ti mas….”, “Vens tão arranjada, a quem queres agradar?”, “Não achas
que essa roupa é muito provocante para andar na rua?”(se acham que os outros
homens nos comem com os olhos, é sinal que comem as outras mulheres com os
olhinhos também), e por último, um dos mais conhecidos: “És a mulher da minha vida, bem sabes, mas…”.
16 – Quando nem reparam que usamos algo novo, e quando os
alertamos respondem: “Nem tinha reparado”, sem olhar para nós dizem: “Fica-te
bem”.
17 – Quando dizem “Nem reparo nas outras mulheres”, é um mau
sinal, ou estão a mentir ou têm uma pontinha de homossexualidade recalcada.
A listinha continua, é por isso que nem me dou ao trabalho
de os querer na minha vida, só dão chatices, e ainda por cima não trazem livro
de instruções.
Pensam que nos fazem de burras mas os verdadeiros burros são
eles, porque perdem grandes seres, que somos nós mulheres – verdadeiros seres
superiores.
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