quinta-feira, 21 de junho de 2012

5 Dias em Barcelona – Dia 3


Levantamo-nos bem cedo com o objetivo de irmos logo pela manhã à Sagrada Família, conscientes que teríamos que esperar horas nas habituais e infindáveis filas.

Lá rumamos pelas Ramblas, até à praça da Catalunha, pelo caminho encontramos uma loja gigante de roupas e adereços de teatro, boa para ser fornecedora do meu Grupo.

Até que começamos a ver ao longe as imponentes torres e gruas do edifício pretendido. Mal nos aproximamos, comprovamos o amontoado de pessoas na fila, também elas com o nosso objetivo, esperamos uns 40 minutos, até entrarmos na catedral.


Quando coloquei os meus pés dentro do espaço, toda eu estremeci, tal era a beleza observada, completamente original, criativa, imponente, um verdadeiro auto ao amor, à paz, à calma, ao lado espiritual tão presente na nossa vida humana e tantas vezes esquecido. Naquele momento pensei “como é que alguém, em tempos tão remotos, onde os equipamentos eram rudimentares, e o acesso à tecnologia era nulo, conseguiram chegar ao projeto de algo tão imponente e belo”.











Lá está o meu signo do lado esquerdo na parte superior. 

Vou-me remeter aos comentários de uma mera observadora, sem qualquer noção de técnica arquitetónica, algo que deverá ser feito pelos entendedores.

Cheia de luz, estrategicamente pensada por Gaudi, para incidir sobre os locais precisos, com os seus vidrinhos coloridos expelindo uma panóplia de cores. As colunas divididas em várias direções, formando círculos de sustentação, as formas arredondadas dos confessionários (um deles assistiu à confissão da Madre Teresa de Calcutá), as orações em 50 línguas, marca do objetivo do seu criador em unir os povos de todo o mundo em torno da contemplação daquele espaço.

O mais interessante é que Gaudi sabia que quem iria pagar o seu sonho seria, exatamente, o povo de todo o mundo, às críticas da época que acharam o projeto chocante e inalcançável  ele respondeu: “não há qualquer problema porque o meu cliente pode esperar”.

Algo que também me impressionou foi a presença dos signos numa catedral religiosa, especialmente, pelo facto do meu signo estar do lado direito do altar principal – fiquei tão contente.


A presença de elementos da natureza na definição das estruturas da catedral é impressionante, dando a impressão que estamos no meio de uma floresta, com as entradas de luz. Simboliza a união perfeita entre a natureza, a fé, a humanidade, a genialidade e a capacidade sonhadora e criativa de um grande homem que fez com que todos se unissem em torno da sua obra-prima.

Um local que vou voltar a visitar, sem qualquer dúvida, nem que seja em 2020, altura em que se prevê o término das obras.
De seguida lá fomos nós almoçar, desta feita, a um restaurante de Istambul.

Partimos em direção à casa Batlló. Deparamo-nos com um edifício colorido, com colunas imitando as patas de um elefante, cheio de redondos e estruturas que pareciam escamas de dragões – magnífico.
 






Mesmo ao lado a casa Amatller de Cadalfach, daí partimos para a famosa “La Pedrera” também conhecida como: Casa Milà, escusado será dizer que a sua beleza é soberba. Decidi não entrar para poupar alguns euros, com o intuito de os gastar num espetáculo de Flamengo.


Decidimos, então, procurar alguns edifícios projetados por Cadalfach na Avenida Diagonal, vimos o Palau dél Baró de Quadras e a Casa Terrades, também conhecida por: Casa de Les Punxes.
Depois de toda a azáfama do dia, decidimos sentar-nos num banco de jardim, da Avenida, para podermos lanchar qualquer coisa, pois foi nesse preciso momento em que fui assaltada, daí não ter uma única fotografia de todos os locais por onde andei.

Contarei como tudo aconteceu mais tarde, pois

tratou-se de um acontecimento tão estranho

que não pode ser relatado de ânimo leve. 

PS: Ficaram as fotos da minha amiga e a memória...











   

1 comentário:

  1. Esperando ansiosamente pela continuação...
    Repara que, mau grado outros acontecimentos, ainda não me tinhas contado quase nada!

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